segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Perdi o dô

Todo mundo hoje tá meio perdido.

O ser humano ama a colcha confortável da rotina, mas que rotina existe hoje, se não sabemos nem quanto valerá nosso dinheiro amanhã? Embora, pensando assim, me lembrei de um programa do Jô Soares, quando ele chamou as mais importantes jornalísticas econômicas para falar das mudanças de todos aqueles planos de antigamente em relação a hoje. Sendo que esse hoje era um hoje antes da atual crise financeira atual. O "hoje" foi em 2008 e todos riam daquele passado tão distante, onde a jornalista Lilian Witte Fibe gargalhava também ao rever uma matéria, apresentada por ela, que dizia: "Comprem agora! Pois, por conta da inflação, o dinheiro recebido hoje compra o dobro de amanhã!" Ela mostrava os produtos que as pessoas poderiam comprar no dia e o que elas já não poderia comprar no outro.
E eu também fiquei assustada com aquilo. Eu era criança na época e não entendia necas de economia. Nem hoje eu entendo muito bem. Mas eu lembro quando foi feriado na escola por conta da morte de Tancredo Neves e da posse de José Sarney. E isso parece uma realidade bem distante dos tempos hipermodernos de capitalismo selvagem. Só que agora o mundo sofreu um abalo financeiro. Nem é só problema de planos econômicos de meia tigela numa economia quebrada mas algo acontecendo no coração do leão capitalista: EUA. Eu não entendo muito bem dessas coisas, mas tenho certeza que há algo de podre no reino americano! Só o tempo poderá, mais uma vez (ele sempre, reinante!), nos dizer o que vai acontecer.
E de novo penso: com tantas novas teconologias, com a economia em crise novamente virá uma dança das cadeiras. A nossa coberta, quentinha e gostosa do hábito, vai mais uma vez ter que se remodelar para novos tempos, que ninguém sabe ao certo o que são.

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